«A glória de meu Pai é que deis muito fruto»
Suplico à tua imensa misericórdia, Pai oMnipotente, misericordioso, clemente, bom e compassivo, que vences a malícia com a tua bondade (cf Jl 2,13), eu, raminho ressequido (cf Ct 2,12,LXX), que não aproveitei, ai de mim!, ai de mim!, o tempo da poda, quando me plantaste nesta santa religião, mas passei o tempo da minha vida em total esterilidade; suplico-Te, em nome dessa bondade que é inata em Ti, em nome de tua querida Mãe, a Virgem Maria, nossa gloriosa Padroeira, que Te dignes pousar hoje sobre mim o teu olhar de misericórdia e de caridade, a fim de que, indo buscar toda a minha força a Ti, eu reverdeça e, santificada na verdade, refloresça. Dá-me ter o verdadeiro culto da santa religião, ser verdadeiramente fiel aos deveres da vida espiritual; e, com o teu amor, dar frutos de virtude e santidade, a fim de que, no momento da colheita, isto é, no dia da minha morte, possa comparecer na tua presença em plena maturidade e na consumação da perfeição religiosa, ámen. (Santa Gertrudes de Helfta, 1256-1301, monja beneditina, Exercícios IV, SC 127) |